É feito, neste trabalho, o diagnóstico de problemas de emprego. São objecto de análise : população residente, população activa, procura de emprego, desemprego potencial, população activa com profissão, subemprego, desemprego, emigração, oferta de emprego e perspectiva regional.
O objectivo desta análise é o conhecimento de vários tipos de distorções salariais existentes no Continente entre Janeiro de 1974 e Janeiro de 1975. A diferenciação salarial é estudada entre sectores, entre homens e mulheres e entre regiões.
O presente trabalho, elaborado na sequência de um conjunto de esforçõs desenvolvidos durante alguns anos e tendentes a clarificar o problema, constitui uma contribuição para a revisão do III Plano de Fomento em Dezembro de 1969. É apresentada a problemática do salário mínimo e a metodologia ensaiada quanto ao cálculo do orçamento mínimo das despesas do trabalhador português não qualificado e ao problema da cobertura dessas despesas.
Na introdução deste trabalho tenta-se sintetizar o modo como tem vindo a ser enfrentado o problema do emprego no quadro de várias instâncias internacionais, nomeadamente da OCDE e da OIT. São depois abordados os objectivos de uma política de emprego em Portugal particularmemte no que respeita à recuperação e desenvolvimento económicos, à informação, orientação e formação profissionais e a adaptação e reabilitação de deficientes. São ainda referidos o reforço do papel do Ministério do Trabalho e alguns aspectos institucionais.
Neste trabalho, pretende-se fazer um esboço do que será num futuro já relativamente próximo (1990), a nível de oferta de trabalho no Continente. Os factores considerados condicionantes nesta evolução são: o aumento da população, originado pela entrada no País de centenas de milhares de nacionais, vindos das ex-colónias; a chegada à idade activa de grandes coortes etárias; forte condicionamento da emigração e forte cometimento das mulheres para o mercado de trabalho.
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