Este texto analisa vários factores que contribuem para os baixos níveis de participação no desporto, particularmente no campo da liderança e gestão. A autora propõe um modelo de mudança das estruturas e processos desportivos que passa pelo reconhecimento e valorização do papel da educação, sugerindo algumas linhas de intervenção para tentar interver a situação minoritária e desigual das mulheres no desporto. Referindo o reconhecimento crescente de que a educação das mulheres é fundamental para o desenvolvimento social e económico, defende também a importância da educação física e do desporto como instrumentos para esse desenvolvimento a nível mundial.
A coeducação é um dos eixos tranversais do currículo, não sendo assim um tema específico da educação física e do desporto. Coeducar [nesta área] significa valorizar práticas motoras e vivências conotadas com o modelo cultural feminino. Este conceito aconselha a que façamos uma revisão aos processos de ensino e de aprendizagem. Convida a folhear o nosso currículo oculto na procura não só de conteúdos e dos valores que são ensinados, mas também daqueles que são omitidos.