Reflexões sobre o modo como é aplicado o modelo de formação em alternância em Portugal. Modelo inspirado no sistema dual de formação alemão, mas ao ser apropriado por Portugal encontrou um quadro adverso dado que vai coexistir com a ausência de tradição de formação empresarial e a não implementação a partir de escolas especializadas no trabalho com jovens. Assim, o sistema de aprendizagem, para se manter como um sistema de formação com vitalidade e relevância criou condições de subsistência quer com o voluntarismo de instituições públicas, quer com o desempenho das equipas formativas. Face ao balanço da situação actual, o autor dá várias sugestões que pretendem ser um contributo para o desenvolvimento no sistema de aprendizagem de um modelo português de formação em alternância, pensando nos condicionalismo existentes em Portugal.
Na 1ª parte deste trabalho faz-se a construção do referencial histórico sobre as relações entre o sistema educativo e o sistema económico; na 2ª parte analisa-se a evolução da participação dos actores na definição de politicas e projectos educativos no contexto das relações sistema educativo/sistema económico e social; na 3ª parte apresentam-se os resultados da pesquisa que incidiu sobre a caracterização dos níveis de participação dos diferentes actores no processo de decisão, nas duas Escolas Profissionais (EP) em análise. Das conclusões salienta-se, entre outras, que o surgimento das EP associado a estratégias de descentralização e de desenvolvimento económico e de modernização da região e do sector de actividade, o partenariado sócio-educativo como paradigma das EP.
Neste trabalho analisam-se os primeiros resultados do esforço de promoção de condições para o desenvolvimento e o enquadramento legal da formação profissional nos anos 80, passando-se depois a uma análise da evolução da oferta de formação profissional inicial em Portugal, seguindo-se uma classificação das várias modalidades desta formação que se encontrou como resultado da primeira análise efectuada.